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Celular + MP3, unindo o últil ao agradável?… Noooooooot

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Sempre quis ser um gadget boy, adoro tecnologia e todas as coisas relacionadas a ela e sou apaixonado por dispositivos eletrônicos. Mas devido ao fato de ainda não ganhar o salário dos meus sonhos, de que a taxação brasileira sobre a importação de itens de tecnologia é absurda e que você não pode ter algo definitivo, já que sempre existe um dono que uma hora vem buscar suas coisas (o Sr. Assaltante), meus sonhos são frustrados e isso torna minha vida de nerd meio complicada.

Quando fui assaltado ano passado, resolvi comprar um celular que fosse relativamente barato mas que eu pudesse ouvir minhas músicas nele também, então comprei o Sony Ericsson w200i. Claro que pelo preço não esperava grandes coisas não, mas 7 meses depois meu nível de decepção cresceu bastante com o conjunto Celular + MP3 Player e vou explicar porque.

Primeiro é preciso entender meu uso do dispositivo, eu raramente ligo muito e recebo muitas ligações do meu celular, geralmente ligo rapidamente para minha mãe ou para a minha namorada e exporadicamente ligo ou recebo ligação de algum amigo para combinar algo, deu para notar que não sou muito fã da comunicação via telefone, então a uso de forma bem objetiva. Já ouvir músicas, eu geralmente escuto na ida e na volta do trabalho, cada trecho geralmente leva 40 minutos, o que daria 1 hora e 20 minutos por dia. Agora com esse cenário de utilização descrito, vou avaliar os aspectos que me fizeram mudar de ideia sobre essa união.

A Bateria

O Sony Ericsson w200i tem uma boa bateria, no modo celular apenas ela geralmente costuma durar até uns 4 dias na boa. O problema é quando eu o utilizo como MP3 Player, o tempo de bateria costuma durar metade disso, na média uns 2 dias. Já ocorreu um dia da bateria estar em 36% e depois de um dos trechos de ida ao trabalho ela terminar em 18%, e isso me assustou…

Os Fones

Eu não gostei muito dos fones que vieram com o aparelho, mas é aquele negócio, pelo preço não podia querer fones de primeira qualidade. Li que modelos melhores e mais caros dos aparelhos da Sony Ericsson vêm com um fone muito bom (daqueles que preenchem o canal auditivo e isolam o som externo). Mas minha principal queixa é o fato do fone estar acoplado ao sistema Hands Free, isso faz com que grande parte do fio seja mais grosso e a interface de conexão com o celular nesse caso não seja a banana padrão, mas pelo menos a idéia dos fones se acoplarem ao fio do Hands Free é uma boa pois se o fone quebrar não é preciso comprar todo o conjunto, apenas um novo fone. Mesmo assim o espaço que o conjunto ocupa é bem maior do que se fosse apenas um fone simples e isso para quem conta apenas com os bolsos da calça como eu faz bastante diferença.

O som

Achei o som bem pobre… não é ruim, mais não gostei muito. É abafado e muito baixo, para terem uma idéia para ouvir no ônibus tinha que ficar na altura máxima e olhe que não sou do tipo que gosta de ouvir música para estourar os tímpanos, o problema é que o som é baixo mesmo. Como eu sou muito exigente em qualidade de som, cada dia mais isso me aborrecia.

O Cartão de Memória

Por ser memory stick M2 (já que é sony) isso torna comprar um novo cartão de memória algo mais caro que comprar um micro SD card, mas o pior não era isso e sim que a entrada do M2 fica na lateral do celular, justamente onde se pega para tirá-lo do bolso. Eu perdi a conta de quantas vezes o peguei justamente por alí e a música parou de tocar pois a pressão na região afetava o contato do cartão com o telefone, e aí tinha que de novo mandar a música tocar.

A solução foi realmente dar o braço a torcer, “dai a César o que é de César”. Como havia lido no HBD uma vez, cada dispositivo realmente tem o seu ponto forte, e como celular o Sony Ericsson w200i é muito bom e resolvi deixá-lo exclusivamente para esse fim. Espero no final do ano talvez migrar para um SmartPhone mas isso é uma outra questão.

O que importa é que me convenci que precisava comprar um dispositivo dedicado para ouvir música, mas isso fica para o próximo post.

Feito em Casa - As Plataformas de Desenvolvimento

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Os Jogos “caseiros” e outros aplicativos que são criados para serem utilizados em plataformas de portáteis ou vídeo-games são conhecidos como Homebrews. A idéia da coluna fazendo em casa é com nossas conversas semanais, dar dicas e passar conceitos importantes para que você leitor, seja capaz de criar seus próprios homebrews para sua plataforma game favorita.

Dando seguimento a coluna, hoje vamos destrinchar um pouco mais as plataformas indo ao nível de desenvolvimento. Vou descrever um pouco de cada uma para que vocês leitores da coluna decidam em que plataforma vamos desenvolver nosso protótipo de jogo. Na coluna passada citei que as três principais plataformas para construção de jogos hoje em dia são a PC, celular e Vídeo-Game, então vou explicar como podemos iniciar nosso desenvolvimento para cada uma delas e o que vamos precisar para isso.

Primeiro um conceito importante,é que para programar precisamos no mínimo de um compilador e um editor (até o notepad serve), mas existe algo chamado IDE (Integrated Development Environment ou Ambiente Integrado de Desenvolvimento) que permite não só como diz o nome, integrar compilação e edição de código, como tem funcionalidades que dão apoio ao desenvolvimento como verificação de sintaxe de linguagens de programação, indicação de erros, entre outros. Uma das desvantagens das IDEs é que elas podem consumir muito dos recursos do computador e as vezes precisamos de máquinas razoáveis para poder utilizá-las. Mas uma IDE facilita muito o nosso trabalho “braçal” de desenvolvimento e para cada plataforma de desenvolvimento abaixo eu também comentarei sobre IDEs que podem ser utilizadas.

Iniciando a descrição das plataformas, vou iniciar pelo PC, que é uma das plataformas mais democráticas para construção de jogos. Existem inúmeras bibliotecas que podem ser usadas para criar abstrações (olha essa palavrinha mágica de novo aqui) que permitem criar jogos sem precisar conhecer um nível muito grande de detalhes de como o os componentes eletrônicos realizam as tarefas, além do uso de diversas linguagens de programação. No caso dos PCs temos o desafio das placas de vídeo e som, já que podemos utilizar vários modelos de diversos fabricantes, por isso o uso de um conjunto de funcionalidades padrão se torna muito importante. Para resolver esse problema uma das bibliotecas, conjuntos de funcionalidades, mais utilizada é o DirectX que permite com que o desenvolvedor faça o seu jogo e ele seja compatível com diferentes tipos de placas de vídeo e som.

Ultimamente uma plataforma de desenvolvimento interessante é a XNA da Microsoft, ela permite que se crie jogos que possam rodar tanto em PC quanto em Xbox 360. Ela utiliza c# como linguagem de programação e se integra ao o Visual Studio (uma IDE paga, mas que existe uma versão sem tantos recursos que pode ser utilizada de forma gratuita). Devido as inúmeras funcionalidades que a plataforma XNA têm e sua dupla utilização PC e Xbox, ela será a opção usada para construir nosso jogo se formos fazer para PC.

A segunda e bastante abrangente plataforma é o celular. Quando falamos em desenvolvimento de jogos para celular temos duas frentes principais: a plataforma Java ME (Micro Edition) e Brew. Como a plataforma Brew é paga, eu nunca tive oportunidade de fazer nada com ela, Java ME por outro lado é aberta e será nossa opção caso façamos nosso jogo para celular. Temos várias IDEs que podem ser usadas para desenvolver em Java, como o Eclipse e o Netbeans, ambas se integram a emuladores onde podemos testar nossa aplicação rodando e depois é só passar para uma celular. O desenvolvimento para celular tem como ponto positivo ser um pouco mais simples devido as limitações da plataforma, e como ponto negativo (de Java nesse caso) o fato de não termos acesso as funcionalidades do celular de forma direta, usamos apenas aquelas que a máquina virtual de java permite, isso é chamado de Sandbox (ou seja só podemos “brincar” dentro da caixa de areia).

A terceira é a plataforma gamer e aqui surge nosso grande desafio e problema. As plataforma de vídeo-game geralmente são fechadas e o desenvolvimento restrito a quem tem grana para pagar muito por um kit de desenvolvimento (o do PS3 por exemplo no início custava 20 mil dólares, hoje está por 10 mil). Esse cenário, principalmente para quem quer apenas fazer um jogo caseiro, torna inviável o desenvolvimento de uma jogo nosso para vídeo-games, e agora?

Para isso existem os Hacks de bibliotecas que exploram as funcionalidades do sistema, como já expliquei na coluna anterior tudo é uma questão de hardware e um software básico que permite usar esse hardware, mas não há o que fazer o que fazer quando você não sabe que funcionalidades pode usar a não ser… entender de alguma forma como o hardware funciona…

Alguns processadores como o do Nintendo DS (da linha AMR) já são bem conhecidos pela indústria e isso permite que suas funcionalidades sejam utilizadas em kits de desenvolvimento “não oficiais”. Os mais famoso destes é o devKitPro que permite o desenvolvimento para as plataformas: Nintendo Ds, GBA, PSP e Game Cube. Se a escolha da plataforma for para vídeo-game, devido a minha experiência com Nintendo DS essa seria a escolha certa para fazermos o jogo. Para isso utilizaríamos como linguagem C/C++ utilizando o devKitPro + Palib + Visual Studio.

Agora é com vocês, são os leitores desta coluna que vão decidir para qual plataforma vamos desenvolver nosso jogo. Temos essas 3 alternativas e vocês devem deixar seus votos nos comentários da coluna, para isso terão até a quinta-feira do dia 26/06/2008 quando farei a contagem.
Como nosso papo hoje se extendeu demais fica para próxima semana a discussão sobre o conceito e a organização de um Game Design, ou seja como definir a proposta do nosso jogo e organizar todas as idéias sobre ele, como objetivos, jogabilidades, personagens, história, etc.
Até semana que vem!

PS: Pra quem não sabe essa é minha coluna no Video Games Boulevard, acabei esquecendo de postar aqui a da semana retrasada (sorry). Esse final de semana passado, com o São João aqui (no Nordeste é um senhor feriadão) acabei não publicando, mas acredito que no Domingo publicarei a mais nova edição. Ah os votos computados nos comentários aqui também valem, desde que sejam de pessoas diferentes.