POR QUE É COMPLICADO?

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Infelizmente temos que reconhecer que ser feliz é realmente difícil. O conceito de felicidade é bastante abstrato mas, para efeito de raciocínio, vamos defini-lo como sensação de bem-estar, contentamento, entusiasmo e alegria. Claro que é o que todos buscamos o tempo todo. Leva muito tempo até entendermos que a felicidade, assim como a maioria dos sentimentos, é ambígua.



Portanto, carrega consigo a plenitude e o vazio, a alegria e a melancolia, o entusiasmo e a hesitação. A primeira coisa que precisamos definitivamente entender é que não se trata de sentimento linear e estável. Está sujeito a constantes intempéries e tormentas. A simples consciência do caráter dinâmico suposto para os sentimentos já nos ajuda a mapear de forma mais clara nossos conceitos e, conseqüentemente, expectativas/frustrações.

Existe ainda uma grande diferença entre estar feliz e ser feliz. O primeiro se refere à sensação efêmera, de curta duração, geralmente causada pelo alívio de algum sentimento negativo. Aqui os contrastes são fundamentais e, infelizmente, absorvidos e anestesiados por nós de forma rápida. Se estou há dias sentindo fortes dores de cabeça, quando a dor passa provavelmente vou experimentar uma sensação muito forte e viva de felicidade. No dia seguinte, essa felicidade já terá desaparecido porque era de caráter transitório provocada por oposição. Vivemos pequenos momentos como esses várias vezes ao dia. Quando recebemos uma ligação há muito esperada, quando o chefe nos surpreende com um elogio e aumento, quando ficamos sabendo do resultado favorável de um exame médico ou prova etc. Este parece ser um buraco sem fundo porque nos leva a uma busca incessante pela repetição de sensações fortes, nos levando muitas vezes à conclusão de que a ausência delas é sinal de tédio e monotonia. A rapidez desse processo é perigosa. A sensação de felicidade é intensa, dura pouco. Por oposição tende a nos jogar num vazio e, quanto mais imaturos, mais vamos com sede ao pote em busca de “adrenalina”.

O segundo tipo - os que se sentem felizes durante períodos longos - parecem mais centrados no agora e menos dependentes de outrem para se sentirem amados, valorizados e motivados. Por conseqüência, têm menos expectativas em relação à vida de modo geral, estando mais bem preparados para extrair prazer daquilo que se lhes apresenta. Pensando bem, a frustração sucede a expectativas construídas e não correspondidas. Favor não confundir tudo isto com acomodação e resignação. Sequer se parecem. A felicidade parece estar fundamentada em diversos e múltiplos pilares onde os interesses motivacionais partem de prazeres muito especiais e individuais, geralmente proporcionados por nós mesmos.

Ao assimilarmos completamente que este é um processo interno e que pouco tem a ver com aquisições externas e materiais, certamente estaremos muito mais perto de discordar da afirmativa de que não é nada fácil ser feliz.fonte: msn

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